terça-feira, 24 de agosto de 2010

Poemas Vampíricos


><><><Sórdido Conde><><><

Ah lábios que beijei....
morbido perfume que até hoje sufoca minha mente...
com meus lábios em teu pescoço te tentei....
Sua frigidez
Jamais esquecerei....

Ah meu belo conde...
Me encravaste tuas presas...
me deixaste louca de obscuros desejos...
me tentaste até me agonizar
com teu veneno mortal....


Agonizei com a magia...
da morbida paixão que me despertaste....
E teu veneno me matou...
E renasci pra imortalidade...
Ainda sonho com teus doces lábios...
Jamais os terei novamente...
somente cobaia para ti eu fui...
e tua serva por longo tempo fiquei.....


Hoje sou uma Deusa solitária...
desperto paixões profanas e platonicas...
vivo na imaginação e nos sonhos de pobres mortais...
que sonham me consumar em amor ardente....
Continuo solitária....
Pois meu papel é tornar negro corações...
E dormir a cada dia em meu leito...
Sem meu conde eterno...

Não faço isso porque quero...
e sim porque meu instinto é incontrolável..

FILHA DA NOITE

Luz Obscura
Que Clareia a escuridão
E da alma mais pura
Paira em mim a Solidão

Nos meus lábios, tocam o nada
Em Muitos morbidos a satisfação
E a luxúria destes saciada
Prevalece o vazio em meu profano coração

Aprendi o ódio com o amor
A loucura inválida
Filha da noite eu sou
Em minha face a figura pálida

Negro Interior
Frestas de luz
Minha inferioridade Superior
Que as trevas me conduz

Trevas

Venho de um lugar onde o sangue impera,
onde o desespero reina,
onde os sentidos enganam.
Ouve-se o voraz ranger de dentes,
vindo de almas perdidas,
as quais seguem minhas ordens.

Tente fugir, tente morrer!
Antes, você vencia.
Agora, eu quero te vencer, te pertencer.
Aqui, você não tem poder...
Vampiros vagando,
fracos chorando,
escuridão reinando.
Presas vão e vem,
outras, clamam por alguém.
você é uma delas.
Venho de um mundo distante,
demônios governam, carne queima,
servos trabalham, eu reino.
Lágrimas evaporam, eu a procuro...
é o que te espera.

Amante Nocturna

Ferve-me o sangue
me toma pela sede
Beija-me assim! "morres" só para mim

Digo a tua boca: "Vem!"
Todo o meu corpo te chama:
"Morde também!"

Perfuro sua carne
eu a torturo com prazer

Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo
Ferve-me o sangue: acalme a ira com teu beijo
Beija-me assim.

Lamento do Vampiro

Ajuda-me a encontrar meu próprio caminho ao luar
Sou mais solitário e desamparado, que jamais pudesses imaginar
Se teus olhos não podem ver na escuridão, meus uivos vão dizer-te
Eu sou um prisioneiro de sangue, da cova fria, um amante
Uma criatura do silêncio
Então, deixa-me tomar o caminho para tuas veias
E seja minha companheira, noite após noite
Por toda a eternidade

Eternal Life

Durma, minha criança
Um sono longo e profundo
Nesta noite nós abraçaremos o caos
O amor que sentimos nos aquece e
Me excita
Olho dentro dos teus olhos
Me transformo no seu temor
Agarro-os como um gavião à sua vítima
Para que todos não saibam quem você é
O que eles não sabem é no que eles
Se tornarão depois de beber...

SERES DA NOITE

Vives na sombra da noite

Escondido de toda a luz

Que possa quebrar o teu encanto

Seduzes as tuas vítimas

Com o teu olhar poderoso

Com esse teu jeito maldoso

Derretes o gelo cortante da noite

Com as tuas palavras ardentes

Enceideias nas suas veias

Toda a maldade e pecado

Que possa existir dentro delas

Apagas de vez o sorriso inocente

Para dar lugar a alguém como tu

Estranho, Sedutor, Maquiavélico

Alguém que domina o mundo

Apenas no silêncio da noite

Alguém que conquista

o mais puro coração

Com os teus dentes afiados

Tiras a vida humana

mas ofereces vida já morta

Vida que é consumida na noite

E apagada durante a noite

Enganas quem te pede vida imortal

Pois ela só é vida na escuridão das trevas....


NA PELE DE UMA VAMPIRA...

Quando a noite vem só e fria

eu fico a imaginar o infinito

desta minha curta vida

que promete ser distante

a fome por um ser fresco

apodera-se da minha mente

mas a pena de tirar uma vida

instala-se neste meu coração ainda quente

a necessidade choca com a ética

a solidão mórbida submerge

tenho nas minhas mãos

o poder de dar vida eterna

mas sera justo dar vida já morta?

a eternidade é sedutora

mas o poder de sentir amor é vida

E esta vida insanguina que levo é já morte

Muitos são aqueles que me pedem vida

mas que vida posso eu dar se já sou cinza?

O desejo de ter alguém para partilhar o mundo

é grande , forte mas egoísta

Estas noites de cinza fúnebre

que assombram e seduzem olhares curiosos

saseiam meu ser com sede de vida fresca

mas a vitima prefeita ainda não encontrei

alguém com o mesmo sentimento atroz

que tenha sede de infinito .....

Tenho a eternidade para o procurar

mas tenho a incerteza se ele existerá....

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