terça-feira, 24 de agosto de 2010


NA PELE DE UMA VAMPIRA...

Quando a noite vem só e fria

eu fico a imaginar o infinito

desta minha curta vida

que promete ser distante

a fome por um ser fresco

apodera-se da minha mente

mas a pena de tirar uma vida

instala-se neste meu coração ainda quente

a necessidade choca com a ética

a solidão mórbida submerge

tenho nas minhas mãos

o poder de dar vida eterna

mas sera justo dar vida já morta?

a eternidade é sedutora

mas o poder de sentir amor é vida

E esta vida insanguina que levo é já morte

Muitos são aqueles que me pedem vida

mas que vida posso eu dar se já sou cinza?

O desejo de ter alguém para partilhar o mundo

é grande , forte mas egoísta

Estas noites de cinza fúnebre

que assombram e seduzem olhares curiosos

saseiam meu ser com sede de vida fresca

mas a vitima prefeita ainda não encontrei

alguém com o mesmo sentimento atroz

que tenha sede de infinito .....

Tenho a eternidade para o procurar

mas tenho a incerteza se ele existerá....

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